terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Vigilantes do Sonho, um desabafo corintiano

por Rafael Vasconcelo
vasconcelorafael@gmail.com


Hoje é dia de Corinthians. Não, não é dia do campeão Fluminense. O dia é de esculachar um clube que domina corações apaixonados e loucos, algo que eles não tem. Como sempre, eles torcem por outros clubes. Vendem até a alma. Querem loucamente a desgraça do povo. Querem que a favela se cale. Querem que o preto e o branco percam a cor. Que o fiel deixe de ser fiel. Custe o que custar.

Buscam em noventa minutos o sofrimento de 25 milhões de maloqueiros sofredores, graças a Deus! Quando não triunfam, colocam o rabo entre as pernas e saem sem ninguém perceber. Mas, quando a vitória vem, o inferno se arma. Bandeiras e faixas aparecem pelas ruas. Camisas saem dos armários para vestir esses que se julgam Goiás, Avaí ou Atlético-PR, desde criancinha. Esquecem de torcer e apoiar o seu próprio time. Esquecem por algum tempo os problemas de casa.

Se o time não consegue um titulo ou uma classificação, a missão é infernizar e destruir a paixão do povo. Só que eles não sabem que esta paixão é maior do que qualquer gozação ou campeonato. Quanto mais eles nos batem e falam mal, o amor aumenta. É um lampião existente em cada um de nós, que nunca vai se apagar. Nem se um dia deixar de existir, que Deus e a Fiel me perdoe, jamais há de acontecer.

O Centenário não acabou, há ainda mais um ano. Mais uma oportunidade para o alvinegro tirar o sono dos vigilantes, meros aproveitadores. Perdendo ou vencendo. Empatando ou até não jogando. O que incomoda no futebol brasileiro, é o Corinthians e o corintiano. É o pobre sorrindo e o rico chorando.

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