Não por acaso, em um domingo qualquer, estava sozinho em
casa. Na verdade na república, em Poços de Caldas. Quando, por acaso, recebo um
pedido de amizade, pela internet. Não costumo aceitar pedidos de quem não
conheço, mas esse, por acaso, resolvi aceitar.
Efeito borboleta, esse é o nome dado ao acaso que muda todo
o curso de uma história. E foi exatamente isso que aconteceu.
Há muito tempo sozinho, já havia traçado toda minha
trajetória, pessoal e profissional. Sozinho. Jamais pensei nessa época, que
alguém se interessaria em ficar comigo e eu já não me interessava em colocar
alguém na minha vida àquela altura do campeonato, por vários motivos e
experiências.
Mas por acaso, me permitir a uma última tentativa. E
realmente foi a última e espero que assim fique.
Depois de muito bate papo, um dia, por acaso iria para a
bela cidade de Poços de Caldas, rever amigos. Por acaso, o elemento que começou
toda essa reviravolta na minha vida, estava de férias, últimos dias de férias,
e resolveu ir à Poços de Caldas. Eis que a mão do acaso pousa sobre nossos
ombros.
A história em Poços de Caldas deu certo. Isso foi há algum
tempo.
Hoje, completamos um ano de união, um ano apertos, um ano de
companheirismo, um ano de luta, um ano de alegrias, um ano de um amor eterno.
Amor que nos parece ter vindo de outras vidas, outro lugar, outra dimensão,
pois não conseguimos mensurar isso até hoje e em acordo mútuo deixamos de
tentar. Porque realmente não há como mensurar o que é imensurável. Sabemos que
não é infinito, como disse o poetinha, então se não há como ser infinito, pois
que seja eterno.
E o acaso. Muitos chamariam de destino, sina, fatalidade,
Deus. Eu chamo apenas de acaso. A vida segue seu caminho e esse caminho tem
várias estradas, várias rotas, várias direções, que tomamos sem saber. Sigo
vivendo. Se pudesse voltar e fazer diferente, não faria. Seguiria o mesmo
caminho.
E o acaso? Continuo deixando ele tomar conta da minha vida.