segunda-feira, 30 de maio de 2011

Quebrando tabus

Final de semana de velocidade, emoção, história e quebra de tabus. Primeiramente vamos para os Estados Unidos; se existe um lugar onde os deuses do automobilismo repousam, esse lugar é Indianápolis, um templo do automobilismo internacional, o circuito completa cem anos. Na reta de chegada uma fileira de tijolos mantem preservada a lembrança do piso daquela época. Um lugar para se visitar, reverenciar e adorar.

As 500 Milhas de Indianápolis é uma das mais tradicionais corridas do cenário mundial. E esse ano, não podia faltar emoção. Uma das chegadas mais inusitadas de todos os tempos, para uma corrida histórica, nada melhor que um fato histórico. JR Hildebrand assumiu a liderança da prova depois de uma bandeira amarela há quatro voltas do final, uma vitória que caiu no colo no piloto, ou melhor, cairia, se na última volta, na última curva, o inusitado não acontecesse; ele se chocou conta o muro porém, ele conseguiu cruzar a linha de chegada, só que em segundo lugar. Bom demais para quem se arrebenou na ultima curva. A corrida toda foi muito emocionante, Tony Kanaan, que largou lá atrás chegou na quarta colocação. Dan Weldon acabou vencendo pois vinha logo atrás de Hildebrand.


Dos Estados Unidos para Europa 

O Grande Prêmio de Mônaco, considerado uma das mais glamorosas, porém, monótonas corridas, quebrou esse tabu e teve emoção de sobra. Muitas ultrapassagens, coisa que não costuma ter muito, daí o mito de ser uma das mais monótonas. Já no começo Schumacher alargou a pista e descobriu um novo ponto de ultrapassagem, a “Curva do Cassino”, e passou Hamilton em um dos trechos mais lentos do circuito e, considerado quase impossível de passar, mas em se tratando do alemão de pé pesado e queixo grande, nada é impossível.

Hamilton tentou imitar, mas acabou tirando Felipe Massa da corrida. Felipe até que estava indo bem, mas bateu dentro do túnel quando perdeu o controle do carro, provavelmente avariado depois de Lewis Hamilton ter acertado ele na “curva do cassino”. O inglês ainda causaria muitos problemas na prova, tirando até Pastor Maldonado, que faria os primeiros pontos na Fórmula 1. Hamilton alega estar sofrendo perseguição, mas as atitudes dele o condenam. Tá mais parecendo um menino mimado, isso sim.

Rubinho teve grande momento quando passou o alemão, Michael Schumacher. Fez uma boa corrida considerando o que tem em mãos. Chegou na décima colocação. Foi um dos prejudicados pela bandeira vermelha. Ele havia feito uma parada um pouco antes para trocar os pneus. O que mostra que Fórmula 1 também precisa ter um pouco de sorte, e esse não é um ponto forte do brasileiro, apesar de achar Barrichello um dos melhores pilotos em atividade.

Mas a corrida teve um dono. O mesmo de outras quatro no ano. Sebastian Vettel manteve a tradição de nove anos em que o pole vence a prova. O final poderia ter mais emocionante se um acidente não tivesse causado uma bandeira vermelha e a direção de prova permitisse trocar os pneus. Fernando Alonso já estava tentando ultrapassar Vettel e Button já estava colado nos dois.

Resumindo, esse foi um ótimo final de semana. Vovô e família visitaram minha cidade, saímos, bebemos, nos divertimos. Barça foi campeão. Duas corridas fantásticas. E o Corinthians estreou o novo uniforme, Grená, que eu estou louco para comprar. Se algum leitor inexistente quiser me dar de presente, sem problemas, podemos conversar. Agora é só torcer para semana toda seguir esse embalo. Uma boa semana a todos, beijos e abraços.

sábado, 28 de maio de 2011

O mago dos projetos

Foto: DivulgaçãoSebastian Vettel levou mais uma, que surpresa! O alemão já é carta marcada, as apostas ficam para a segunda colocação, que não conta com o companheiro da equipe taurina – Webber tem o mesmo carro, porém não consegue acompanhar o seu desempenho – o que eu lamento, torci muito por Mark o ano passado, achava que ele merecia vencer.

Tudo isso se deve a uma pessoa: Adrian Newey. O inglês é praticamente um mágico quando acerta a mão. Muitos dos confortos que desfrutamos hoje quando dirigimos um bom carro, devemos a esse mago dos projetos inovadores. Lógico que o grande lance desse ano não ira chegar às ruas, não nos carros que costumamos dirigir, lógico.

Adrian foi o grande responsável por grandes projetos. Quem não se lembra da imbatível Williams de 1992, que deu o título daquele ano para o inglês Nigel Mansell, e que foi um dos motivos que levou Senna a querer uma vaga na equipe de Frank Williams. Aquela máquina era equipada com uma suspensão eletrônica, que podia se comportar de maneiras bem diferentes em cada trecho do circuito, equipamento que hoje equipa a maioria dos carros esportivos. A direção elétrica, que até nós, pobres mortais usuários de populares, também foi invenção do mestre Newey.

Esse ano, o salto na frente do engenheiro foi o escapamento do bólido. As RBRs tem o escapamento com uma saída única, abaixo da asa traseira, colocado estrategicamente de uma maneira que induz o ar que passa pelo carro a seguir um caminho mais fácil (não consegui uma maneira melhor para explicar). O que interessa é que o homem é fera mesmo.

Porém, isso nos faz lembrar o início da era Schumacher. Cinco campeonatos praticamente sem rivais. Com uma Ferrari absolutamente invencível e um piloto do nível do Schumi, não tinha como perder mesmo. Na época o único piloto que poderia ameaçar o alemão era Rubens Barrichello, porém, era companheiro de Ferrari de Michael. Outro exemplo foi a Brawn, em 2009, quando deu um salto na frente das outra equipes desenvolvendo um tipo diferente de assoalho. Jesson Button levou naquele ano, seu companheiro era Rubens Barrichello.

O que dá para concluir é que o futuro é incerto em muitos casos. Nos esporte, também.E se tratando de Mônaco, é mais incerto ainda. Apesar da beleza do principado, a cada curva se tem uma grande surpresa. No treino classificação Perez sofreu grave acidente, fica aqui a torcida para ele fica bem e voltar logo para as pistas. Contudo não dá para fazer previsões. Mas uma coisa eu digo, se eu tivesse que apostar, minhas fichas estariam todas em Sebastian Vettel e sua invencível RBR.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Um culto ao jornalismo esportivo

Três horas da manhã. Todos já estão de pé e a disputa pelo banheiro começa. Depois do momento de noiva das crianças pegamos uma carona com o pai do Pedrinho. No ônibus, todos partem para o segundo tempo de sono, menos o Rafa, que resolveu vigiar nossa viagem. Pronto, a caminho de São Paulo, Capital.

Insisto em dizer; a Avenida Paulista é um dos lugares mais lindo do Brasil. Pelos menos para mim, um trabalhador comum, porque se eu fosse um carioca atoa, com certeza, acharia o Rio o lugar mais lindo, e não é. Para chegar à Casper percorremos uma pequena parte da Paulista, depois de guiados por dois policiais (um era uma policial). Então, me vejo diante daquela escadaria por onde já passaram tantos mitos do jornalismo, fico orgulhoso, além de maravilhado com a beleza do prédio, que ostenta imponente a antena da Gazeta, a primeira antena de transmissão da Capital.

Abro um parêntese aqui para ressaltar uma das coisas mais lindas de São Paulo; as mulheres. Tá certo, muito podem dizer: “ah, e as cariocas?”. As cariocas são gostosas, e ponto. As paulistanas não são só gostosas: são inteligentes, charmosas, não se intimidam, são sexys. Eu adoro essa cidade.

Voltando ao curso de Jornalismo Esportivo, o primeiro palestrante foi Paulo Vinícius Coelho, o PVC. O cara é fera. Sabe muito de futebol. O legal quando vamos a uma palestra desse tipo é a gente se identificar com os palestrantes. Com ele foi bem por ai. Assim como nós – Anderson, Rafael, Pedro, eu – o PVC é louco por futebol. E segundo ele, é por ai que se começa. Gostaria muito se saber um terço que ele sabe sobre futebol. Alguns momentos de nossa vida abrem nossas mentes. Esse foi um desses e me ajudou a perceber que tenho que começar a estudar esportes. Porque foi assim que o nosso palestrante começou a aprender.

Mauro Beting foi o segundo a dividir suas experiências jornalísticas com a gente. Foi uma palestra bem engraçada. O cara é muito divertido, porém, também acrescentou muito conhecimento na nossa bagagem jornalística. Mauro é um multimídia. Escreve para diversos meios, muitos mesmo. Isso me faz pensar em como eles fazem. Mal consigo colocar um post por mês no meu blog, os caras escrevem um por dia fora os trabalhos em jornais, revistas, internet, TV. Espero um dia conseguir fazer tudo isso.

Para fechar com chave de ouro, Antero Greco deu o ar de sua graça. Também muito engraçado e com experiência de sobra, nos falou da sua carreira e vivência no jornalismo esportivo e cotidiano, como saiu do meio das maquinas para ganhar as páginas de um dos maiores jornais do país.

A cada palestra que temos, vamos renovando nossas esperanças, nos identificando com profissionais renomados, e sem ter a ousadia de nos comparar com eles, vemos que estamos mais perto de realizar nossos sonhos profissionais do que imaginamos.

Depois, como não pode faltar, teve o botequinho. Para dar aquela relaxada antes de enfrentar o longo caminho de volta. Que venham as próximas. Caro é mesmo, mas nada paga o conhecimento adiquirido e os contatos que vão se firmando neste caminho. Amanhã, viajaremos, não para assistir, mas para apresentar uma palestra.