segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Jornalismo a peso de ouro

Hoje muitos dizem por ai que o jornalismo investigativo está desaparecendo e aos poucos pode sumir de vez. Talvez o que esteja ocasionando isso seja as tantas mudanças, tecnológicas ou intelectuais. O jornalismo hoje está muito dinâmico, tornando raras as matérias com produções mais profundas e demoradas. Mas tudo isso pode não ser tão grave assim.

O jornalismo investigativo só está mudando a cara, a quantidade e talvez os lugares onde se procurar. Algo que é raro de se ver acaba sendo mais valioso, assim como os matais raros, de que são feitos jóias caríssimas. As matérias resultadas do jornalismo investigativo serão peças ricas, onde apenas os bons entendedores encontraram. Valerá peso de ouro no mercado, assim como seus profissionais, que serão únicos, como ourives prestigiados ou habilidosos artesões da era medieval.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Quase um JN

Faz tempo que não escrevo, preciso me esforçar mais para não deixar meus leitores inexistentes na mão, não é verdade? Tudo bem então! Não vou fazer promessas, mas vou tentar ser mais presente por aqui.

Vou começar falando de acontecimentos mais recentes. Minha depois da minha primeira matéria produzida, ajudei com algumas outras, acho que os caras estão começando a confiar um pouco mais em mim. Quer dizer, acho que eles confiam, mas lá em Varginha alguém pode não gostar se eu ficar produzindo. Esses dias eles até pediram para o pessoal para que eu fizesse uma das pautas. Acho que foi bom.

Mas esses dias foi uma das melhores. Ajudei a fazer uma pauta sobre o Renato Rezende, Campeão Mundial de Bicicross, que iria participar da Copa América da modalidade. Achei muito legal, principalmente pelo fato do Renatinho ser daqui. Fiz uma matéria bem comportamento, mostrando ele com os irmãos, que também andam de bike, no convívio familiar mesmo. Ficou bem legal, e o Thalles fez um trabalho muito bom também.

O melhor de tudo veio alguns dias depois. A gente já sabia que poderia ter um interesse da rede no material, mas mesmo assim, fiquei muito feliz. Na terça-feira, antes do desafio que iria ser transmitido pelo Esporte Espetacular, recebemos um recado falando que o Abel Neto pediu que a gente completasse o VT com algumas entrevistas, que realmente ficaram faltando por outros motivos, e que ele iria fazer um VT para o Jornal Nacional. Fiquei muito feliz, quase dei um mortal duplo twist carpado de costas na hora que eu li o recado.

Porém, como a vida é uma caixinha de surpresas, e nem sempre tudo sai de acordo com o que desejamos, essa matéria iria entrar no Jornal Nacional de sábado, mas o Senhor Mubarak resolveu renunciar justo na sexta-feira. O desgraçado ficou no poder trinta anos, não dava pra esperar mais uma semana pra sair. Ele caiu e me derrubou junto. É pra acabar mesmo. Mas tudo bem, ainda vou ter muito tempo de Rede Globo para colocar alguma coisa no JN de novo.

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Beijos e abraços, meus inexistentes amigos.

Ôooo Nelson...

Existem coisas muito boas de morar em uma cidade maior e desenvolvida: varias salas de cinema em um mesmo cinema; horários diversos para assistir aos filmes; e um teatro que funciona.

Uma das apresentações que o projeto “Viva Urca”, ainda não estou muito por dentro do projeto para falar com mais firmeza do que se trata, mas eu sei que vão ter várias apresentações durante algum tempo por aqui. Uma dessas apresentações foi do ator global Pedro Bismak, com o espetáculo “Bobera pega”. Sugerimos uma entrevista no estúdio e o pessoal topou fácil.

Quando estava preparando a nota para mandar para minha chefinha querida, fui perguntar algo sobre o Nerso e soltei um ”Nelson”. Pra que eu fui fazer isso, é o nosso chefe lá em Varginha achou engraçado, e como se não bastasse disse para falar isso na entrevista. O que não imaginava era que o Wanderson iria levar a sério.

No dia da entrevista, fui ajudar o Marquinhos a microfonar o Pedro, naquele momento, foi interessante, sabe quando temos um breve momento de nostalgia; me lembrei de quando era mais novo e assistia a Escolinha do Professor Raimundo, morria de rir com personagens, e com o Nerso não era diferente, o caipira era muito engraçado. Mas isso não vem ao caso. O caso é que os caras não iriam deixar passar né, e me apresentaram como o estagiário que errou o nome dele, contaram a história, e aquele caipira que eu ria tanto, estava rindo de mim, e ainda por cima me chamando pelo apelido. É brincadeira.

A entrevista entrou no ar, ao vivo, e o Wanderson me manda, “o nosso estagiário quer saber se é Nerso ou Nelson”... foi muito legal, novamente o caipira rindo de mim. Foi muito legal.

Começo a me dar conta da grandeza do lugar onde estou, não pela estrutura, que é espetacular, nem pelo fato de ser um braço da Rede Globo, isso é incrível sim, mas pelas pessoas que nos cercam lá dentro. São pessoas que ralaram muito para chegar onde chegaram, pessoas ótimas, pessoas que se preocupam umas com as outra, que se ajudam, e de alguma maneira tentam ajudar o próximo. Mas isso fica pra outro episódio desse blog inútil.

Fica ai a entrevista com o "Nelson" da Capitinga:

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Bejos e abraços, meus leitores inexistentes.

Adeus “Silente Hill”...

A fase de Silent Hill da cidade de Poços acabou. O sol voltou a reinar, assim, descobri que em Poços também faz calor, mas até o calor de Poços é mais gostoso. Não é algo impossível de conviver como em Mococa. Na minha cidade quando faz calor da vontade de morrer. Mas tem lugar pior. Ribeirão e Cuiabá parecem o verdadeiro inferno na Terra, só que sem toda a diversão. Só deixando claro que cada coisa ao seu momento, para mim são poucos, mas calor tem hora para ser bom.

Descobri que meu trabalho é bem mais difícil imaginava. Pautas não caem do céu, o que cai é muita chuva e fora da minha área de cobertura. Não que eu seja um cara mórbido, longe de mim querer alguma desgraça para alguém, é até melhor assim, mas os estagiários de Varginha estão dando um baile em mim, e na escuta os nomes deles bombam. Começo novamente a duvidar de minhas capacidades. Será que mereço mesmo estar onde estou? Será que sou bom o suficiente para trabalhar onde trabalho? Não sei, mas continuarei lutando, até o fim.

O bom, é que mesmo sem muito assunto, conseguimos, dia a dia, matar nossos leões e elaborar pautas muito boas. Aliás, consegui até produzir minha primeira matéria. Era uma pauta bobinha, mas bem legal. Vou deixar aqui o link dela para meus leitores inexistentes verem como ficou.

Poços até parece ser uma cidade para reencontros. Esses dias, eu resolvi comer um McDonald, apesar de não gostar. De sábado fico de plantão sozinho na redação, então, para não deixar a redação muito tempo sem ninguém, vou ao “Mac”, compro um lanche rapidinho e volto. Nesse dia, há algumas semanas atrás, encontrei um amigo que não via há algum tempo. Depois que o Alan se mudou para Muzambinho, em 2006 ou 2007, não me lembro muito bem, a gente perdeu totalmente o contato. Foi bem legal rever ele.

Como se não bastasse de reencontro, voltando do trabalho, passei em frente ao Estalagem Café, como faço todo dia, e quem encontro lá? Quem? Quem? Quem? Ele, Pica-pau. Ele foi nosso professor de física no cursinho. O cara é o maior figura que existe, muito gente boa mesmo. Ficamos um bom tempo conversando. A última vez que vi ele, tinha sido na festa de despedida do Téo Guerra, na chácara da Olguinha. Reencontros são sempre bons, ainda mais quando gostamos das pessoas que reencontramos.

E com tantos reencontros, também tem despedidas no meio dessa história. Nossa querida Carol Dulley nos deixará. Mas se for bom para ela, também é bom para nós. A festa de despedida dela foi a primeira com o pessoal da tv. Foi bem lega, principalmente por perceber que um bom profissional na nossa área, de jornalismo, não se faz apenas dentro da redação, mas sim em todos os cantos. Contatos, amizades, influências, não se criam dentro de quatro paredes e divisórias, mas na rua, no contato com as pessoas.

Aos leitores inexistentes, beijos e abraços para quem os mereça.

PS: esse poste era para ter sido colocado aqui há um pouco mais de tempo.rsrs