domingo, 17 de abril de 2011

Missão cumprida

Não gosto muito da FIA, mas dessa vez tenho que dar o braço a torcer. Se o objetivo das mudanças deste ano era aumentar a quantidades de ultrapassagens nas corridas, pelo menos em circuitos com longas retas, isso funcionou. O Grande Prêmio da China com uma das maiores retas da temporada – aproximadamente 1200 metros – foi um show de ultrapassagens. Para quem gosta de grandes disputas, foi um buffet de encher o prato.

O grande problema, é que ainda existem alguns chatos que basta ter uma corrida com um pouco menos de emoção, porque isso tem mesmo, começam a ser atacados por uma crise nostálgica. Nostalgia à parte, realmente, os anos oitenta foram espetaculares em relação a pilotos. Senna, Prost, Mansell, Piquet, foram os grandes nomes da época, e até que não se lembra sabem quem são essas figuras.

Mas dizer que faltam bons pilotos, é ignorar os grandes talentos que temos hoje. Sebastian Vettel, apensar de ainda errar muito, já se mostra um grande piloto, afinal, é campeão mundial. Lewis Hamilton foi criado para ser um grande piloto, e não deixa a desejar, também campeão mundial. Kubica, mesmo estando fora da temporada se recuperando de um acidente de rali, já fez coisas incríveis, só não foi campeão ainda. O espanhol Fernando Alonso dispensa apresentações, na minha opinião o melhor piloto atualmente, duas vezes campeão mundial.

E ainda temos outros grandes nomes, pilotos muito habilidosos apenas aguardando suas chances, como Petrov, Rosberg e, o japonês bom de braço, Kamui Kobayashi. Além dos nossos velhos amigos Schumacher e Barrichello, que ainda estão entre os melhores da Fórmula 1, que protagonizaram uma das melhores disputas do ano passado, na Hungria.


Por isso, digo que para ter uma boa temporada basta abrir a mente e não ficar preso ao passado, afinal, o tempo passa, não podemos fazer nada em relação a isso. O que podemos fazer é curtir o que temos nas mãos, e não temos pouco. Essa temporada promete.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Agir, errar e aprender

Nossa, como sou desleixado, quanto mais tento ser pontual com meus leitores inexistentes, parece que mais os deixo na mão. Mas aos poucos vou tentando, e um dia, quem sabe, vou aprender a escrever. Pelo tempo que não escrevo aqui, nem imagino o que se passou e eu não coloquei aqui. Então vamos falar de coisas recentes.

Semana passada foi uma semana bem pesada. Fiquei um pouco “depre”, mas nada como um bom aprendizado para nos levar de volta ao topo. E é sobre isso que quero falar, aprendizado. Já fazia algum tempo que estava de baixo astral – apesar de não acreditar que os astros influenciem meu humor ou meu futuro – e nessa semana eu estava muito pra baixo mesmo. No final já estava recebendo qualquer coisa como uma agressão. Mas, há males que vem para o bem.

O bom de passar por essas situações é que passamos a ver as coisas de uma maneira diferente, por uma outra perspectiva. A melhor análise que fazemos, é a nossa própria análise – por isso chamam de auto-análise – e como não sou do tipo que fica gastando dinheiro por ai, mesmo porque não tenho para gastar, não fui a um psiquiatra, analista ou psicólogo. Se eu vou a um lugar desses, eu só saio de lá em uma camisa de força.

Entendi nessa auto-análise que eu estava errado em alguns julgamentos, em relação aos outros e em relação a mim mesmo, mas principalmente em relação a mim mesmo. O fato de estar sozinho talvez tenha me deixado um pouco depressivo, mas para começar a curar uma doença, primeiro você tem que descobrir. Foi o que fiz, percebi que estava mal, descobri o problema e consegui me curar.

Fácil assim? Nem tanto. Para conseguir ser um psicólogo de você mesmo, tem que ter alguma bagagem, saber quando está errado, saber como encontrar esses erros, prestar atenção em mínimos detalhes. Auto-conhecimento é uma das coisas mais importantes que uma pessoa deve adquirir. Aconselho a todos a fazerem algumas seções de análise, para conseguir conhecer um pouco de você mesmo.

Eu não precisei de análise, afinal, sou o reitor do universo [brincadeira interna] e consigo fazer isso sozinho. Entendi uma coisa muito importe nesse tempo, a vida segue uma lógica: a gente nasce, cresce e morre, do jeito como aprendemos na escola. Porém, outras coisas seguem essa mesma lógica. O aprendizado também tem um padrão a ser respeitado: a gente deve agir, para errar, e depois, aprender.
Ação, erro, aprendizado, essa é a lógica do conhecimento. Então para aqueles que acham que eu sei tudo, tentem imaginar o quanto eu errei na vida, o quando sofri, apanhei, me destruí, magoei e fui magoado, chorei e fiz chorar, o quanto eu tive que viver para hoje, saber o pouco que sei, e mesmo assim, sou criticado. Mas isso é que faz de mim o que eu sou. Este sou eu, essa é minha vida, esse é meu jeito... gostem ou não.