sexta-feira, 4 de março de 2011

Ora bolas

Nada é mais justo do que receber algo como mérito de uma conquista. Como muitos dizem por ai, o que é do homem, o bicho não come. Mas o que vemos na história da Taça das Bolinhas não é bem isso. O bicho pode não comer, mas o São Paulo leva embora.

Quando foi feito o acordo, que tornava o Flamengo Campeão de 87, o São Paulo foi o primeiro time do Clube dos 13 a assinar o reconhecimento do título. O grande problema desse acordo, para o clube tricolor, é que com isso, o Flamengo se torna, também, o primeiro clube brasileiro a ser Hexacampeão nacional, tirando assim, o direito que o São Paulo tem de receber a famosa Taça das Bolinhas.

O que gerou todo esse problema, foi a demora da CBF para reconhecer o título Rubro-negro de 87. Com essa demora, a Caixa Econômica Federal, que foi a idealizadora da Taça das Bolinhas, concedeu ao São Paulo o direito de ficar permanentemente com a taça, por ter sido, oficialmente até aquele momento, o primeiro clube brasileiro a ter conquistado seis Campeonatos Brasileiros.

Logo depois, veio o reconhecimento da CBF, o que tornou o Flamengo, o verdadeiro detentor da tal taça. O São Paulo, já não deveria ter aceitado a taça quando ganhou no início do ano, agora com a decisão oficial, tem mais um dever, que é devolve-la ao verdadeiro dono. Mas existe um grande problema. É preciso ter hombridade para assumir um compromisso e ser mais homem ainda para manter-lo de pé. 



Esse texto foi escrito para o jornal O Municipio, de São João da Boa Vista