terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A parcialidade é uma “caixa de pandora”

A imparcialidade, que tanto é pregada nos cursos de Comunicação Social, tem sua razão para existir: nos proteger. Quando deixamos de sermos imparciais, tudo que dizemos pode se voltar contra nós mesmos se estivermos equivocados. Perdemos a proteção da mídia que estamos representando. Ser imparcial é uma autodefesa do jornalista, um sistema de proteção. É jogar toda a responsabilidade de um fato, no próprio fato em questão.

Quando deixamos de ser imparciais, nos locais que nos permitam fazer isso, que hoje são muitos, nós assumimos a responsabilidade e mostramos nossas caras. Emitindo nossa opinião abertamente, nos sujeitamos a receber opiniões de volta, em forma de críticas.

A parcialidade é como se fosse uma “caixa de pandora”. Temos ela em nossas mãos, se vamos abrir ou não, somos nós quem decidimos. Fechada, nossa vida pode seguir normalmente, nos caminhos das pautas simples, matérias bem feitas e sem emoção, reportagens bem cobertas, porém, sem nenhum sentimento; praticamente um jornalismo verdadeiro, que não toca, não mexe, não balança, não chega até o coração de quem recebe a informação. 

Mas, se um dia abrirmos essa caixa, é algo que não se pode voltar atrás. A consequência não se pode saber. Isso vai ser bom ou ruim? Não se sabe. Todos os nossos atos podem se voltar para nós; como fracasso ou sucesso. A caixa está em suas mãos, caros colegas. Alguém vai arriscar?

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