quarta-feira, 25 de abril de 2012

Nós somos feitos de histórias

Acordei segunda com o coração apertado. Quantas vezes vamos ter que passar por isso, quantas vezes vamos ter que agüentar dias como essa segunda feira.

Derrotas existem, nos colocam os pés no chão, mas ter que aturar os outros, que não sabem perder é complicado.

O pior de tudo, é que não estou falando dos meus monocromáticos colegas de torcida, falo dos outros todos. Fiquei até com pena deles, pois a decepção alheia foi pior que a nossa própria.

Nós não sabemos a importância nem a enormidade de nossa existência até que um evento, como o desse domingo, mexa com o profundo sentimento até dos mais fanáticos opositores.

Há quem diga, que o Corinthians é um timinho. Há quem diga que não tem importância. Há quem diga, que não tem expressão. E existem até mesmo alguns bem ousados, que ousam dizer que não tem história.

Mas na verdade a história do alvinegro paulista vai além, não está apenas no futebol ou nos almanaques que ostentam os milhares de resultados vagos de jogos sem importância de tantos times realmente sem expressão.

O Corinthians está incrustado até o âmago da alma daquele, que por um momento, mesmo que único, se deleitou com uma partida de futebol.

Querendo ou não, nobre torcedor desse esporte bretão, seja você torcedor de que time for, nós somos importantes, assim como vocês, que se não o fossem, não seriamos o tal. Mas mais ainda, nós somos o espetáculo.

Acordei nessa segunda feira. Saí, o dia estava triste, melancólico, apagado. Nem mesmo o sol ousou aparecer. E ainda, há quem diga que Ele não é corintiano.

sábado, 14 de abril de 2012

Diário de um TCCendo 2 - Primeira missão

Não tem jeito. Sou um sujeito relaxado e mereço a ausência de leitores desse blog. Tá ai uma coisa que eu não vou ganhar dinheiro, ou vou, sei lá, quem sabe, não é mesmo?

Vamos dar mais uma pincelada no que aconteceu ao nosso bravo esquadrão quartástico em busca do TCC sagrado.

Há algumas semanas fomos à ESPN, em São Paulo, para dar início ao nosso trabalho de conclusão de curso, que como foi dito na postagem anterior, será um vídeo documentário sobre Bellini e Mauro, capitães das Copas do Mundo de 1958 e 1962, respectivamente.

Nosso alvo: Celso Unzelti – jornalista esportivo e um dos maiores historiadores de futebol do país, além de ser um monocromático colega de time do coração.

Pessoa extraordinária. Merece todo o carinho e admiração das pessoas que acompanham seu trabalho. Seu último livro foi publicado recentemente, em parceria com Odir Cunha, uma homenagem aos 100 anos do alvinegro praiano, “Santos: 100 anos, 100 jogos, 100 ídolos” (editora Gutenberg).

Missão executada com sucesso. E ainda tivemos um bônus: Marcelo Duarte, também jornalista esportivo, historiador de futebol e apresentador do programa Loucos Por Futebol, da qual, tivemos a grande honra de acompanhar a gravação.

Aconteceu o seguinte, iriamos fazer a entrevista apenas com o Celso, mas o Marcelo já estava por ali mesmo, e o Pedrinho, muito hábil, chegou até o jornalista e falou sobre nosso trabalho e como seria legal ter a participação dele. Gentilmente ele topou. Marcelo tem uma expressão bem fechada, cara de poucos amigos, mas quando começamos a conversar, aquela mascara caiu, o que sobrou foi apena o cara sensacional que é.

Depois da entrevista, que foi feita na cafeteria da ESPN [só pra constar, foi muito emocionante estar lá, é um sonho trabalhar naquele lugar], nós ficamos conversando com o Celso por mais algum tempo, o Marcelo teve que ir embora, pois tinha outros compromissos. É muito bom saber que existe pessoas como o Celso e o Marcelo, humildes e dispostos a ajudar os que estão por vir.

Próximas missões são caseiras, ou quase. Nossas entrevistas agora serão em São João da Boa Vista, vamos ver no que vai dar né.