segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Estamos no extremo

Há alguns dias, um primo meu, corintiano fanático e extremista (logo entenderão o extremista), resolveu formar uma torcida da Gaviões da Fiel no interior. Sabendo da paixão que compartilhamos pelo futebol e pelo Corinthians, me colocou na torcida, até mesmo antes de me perguntar se gostaria de fazer parte. Quando fiquei sabendo, pedi a ele que não me incluísse. Ele ficou muito bravo com isso. Mas ainda continuamos primos.

O porquê desse meu pedido é uma questão ideológica. Sempre defendi o amor pelo esporte, a paixão pela camisa, mas também acredito, que para isso, não precisamos levantar uma segunda bandeira.

“Organizadas” são tão prejudiciais para a sociedade quanto o próprio crime organizado, afinal, não estão tão separados quanto deveriam. Essas torcidas não são feitas de torcedores, em maior parte são criminosos e preconceituosos. Se colocam até mesmo uns contra os outros dentro da própria torcida. Deixo bem claro minha opinião: sou totalmente contra torcidas organizadas.

Extremismo é prejudicial onde quer que aconteça. Vemos isso em diversos lugares e nunca é uma coisa boa. Guerras acontecem por causa de religiosos extremistas. Confrontos acontecem por causa de politização extremista. Brigas acontecem, porque um gosta garotos e outro gosta de garotas.

Somos carentes de políticas públicas, carentes de governantes que se preocupam com a população, carentes de políticos que enxergam além do próprio umbigo. Separados, somos mais fracos que essa massa corrupta e podre. Temos que nos unir e mudar esse cenário. Só que a mudança, só poderá acontecer quando cada um de nós deixarmos de lado esse egoísmo torpe e tirar o foco dos nossos umbigos. A mudança começa com cada célula desse organismo maluco que é a sociedade e juntos nós podemos fazer a diferença, saibam disso!

Meu primo não ficou muito feliz com minha explicação e aposto que muitos torcedores não ficaram felizes também, mas temos que começar a pensar racionalmente. Ele tentou argumentar dizendo que “sem as organizadas não existe futebol”. Disse que existiria sim, mas com torcedores de verdade, lotando os estádios, sem medo de fazer o espetáculo. Vou ser redundante: se cada um começar a se preocupar com o todo e não apenas com o próprio umbigo, um dia poderemos voltar aos estádios, com fogos e bandeiras e fazer a festa como sempre fizemos. E melhor do que antes, poderemos fazer isso em PAZ.

Amanhã tem votação, não deixe passar a oportunidade de pensarmos uns nos outros e vamos fazer a coisa certa. Vote com consciência.

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