Não costumo caminhar muito para chegar ao trabalho, afinal
de contas pego carona com um colega de setor. Mas nesse dia, tive que “saltar” mais
cedo, pois precisava fazer exames, nada grave pessoal, coisa de rotina. Então,
para chegar ao trabalho nesse dia precisei andar um pouco mais que o
convencional, nada que me abale.
Durante essa caminhada, cruzei com um senhor. Afeições muito
simpáticas, aparentava ter oitenta anos - ou mais - de experiência na vida. Com
o corpo um pouco curvado pelo tempo, quando passou por mim, me desejou "Bom dia!" com a voz meio rouca mas muita sincera. Desejei "Bom dia!" ao velhinho, tentando ao máximo, porém
sem sucesso pela minha pouca idade, ser tão simpático quanto ele.
Continuei minha caminhada, mas me sentia mais leve e até um
pouco mais feliz. Fui tomado pela nostalgia, saudade de um tempo em que não
tínhamos pressa de nada. Um tempo, que o mundo funcionava muito bem sem a
gente. Um tempo em que os relógios giravam lentamente e tínhamos tempo para tudo.
Tempo, em que tínhamos tempo uns para os outros.
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