quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Fino trato

Demorei um pouco para escrever este texto, porém, antes tarde do que nunca. Quarta-feira foi um dia para ficar na história, acho que todos cansaram de ouvir isso. Mas o que aconteceu em campo no jogo do Santos e Flamengo foi algo digno de ser visto, revisto, falado, discutido e escrito diversas vezes, com várias pessoas e em todas as línguas.

Passei toda a quarta-feira, não sei porquê, falando dessa partida. Meus colegas de apartamento até comentaram, “não é seu time”. Só sei que estava pressentindo que iria presenciar algo magnifico. E eu, na minha humilde insignificância – e confesso: não sei nenhum pouco do que gostaria sobre futebol – estava mesmo sentindo que iria ser um jogão.

 Um sentimento correspondido, no mais alto nível, pelos Deuses do futebol, que abençoaram a nossa sortílega quarta-feira com o maior espetáculo que poderia ter presenciado. Neymar foi praticamente mágico e Ronaldinho teve um dia de Ronaldinho, para nosso deleite. Isso só resumiu o grande duelo entre esses craques do futebol brasileiro, e por incrível que pareça, aqui no Brasil. Deixo aqui a dica, vale a pena perder um tempo no youtube procurando pelos lances.


Neymágico fez uma das jogadas mais bonitas que já vi e já R10, marcou um gol de falta que, repetindo o que foi dito por Luiz Roberto de Múcio, levou a sua assinatura. Não dá par ficar narrando aqui o que foi visto naquele dia, só vendo mesmo para se dar conta do que aconteceu. Um verdadeiro duelo entre gladiadores empunhando suas melhores armas: habilidade, inteligência, velocidade, experiência.

 ... e no asfalto
Acho que vou cansar de escrever isso e vocês, meus leitores inexistentes, vão se enfastiarem de ler, mas a corrida de hoje é para entrar na história – como tem coisa entrando para a história essa semana – e é fácil de explicar porquê. Budapeste é uma pista complicada, muito estreita, com poucas retas, consequentemente, poucos pontos de ultrapassagem. Mas tudo isso caiu por terra e, novamente, tenho que dar os parabéns ao Bernie. Foi mais um show de corrida e, eu espero muito, muito mesmo, que todos estejam curtindo e aproveitando, pois se muitos reclamavam que depois do Senna, tudo ficou muito chato, basta assistir uma corrida esse ano e eu garanto; os Deuses do automobilismo iram abençoar seu lar com muita emoção e velocidade.

Jenson Button foi um verdadeiro gentleman para tratar sua McLaren. Ele conseguiu fazer o que foi pedido pelos seus engenheiros soube correr no limite com uma delicadeza que só os grandes conseguem ter. E nesses tempo de nova Fórmula 1, saber fazer o que os homens pedem e tirar da máquina o que é necessário, é muito difícil, e pode garantir alguns pontinhos. Em se falando de fino trato, posso garantir, Button sabe o que é isso.

... o contraponto
Nem tudo são flores: infelizmente o contraponto da semana foi o Timão ter perdido de três a dois para o Avaí.

Nenhum comentário:

Postar um comentário