domingo, 7 de novembro de 2010

Lar doce lar...

 

Sexta-feira foi um dia mágico. Um dia para matar a vontade que só pode ser satisfeita uma vez a cada dois anos. Esse ano foi um deles, e por acaso eu estava para perder essa “janela” de oportunidade. Graças à insistência de meu amigo, grande amigo, João Paulo, eu pude me realizar por este ano.

Carruagem sem cavalo: assim era conhecido o primeiro automóvel
Ir ao Salão do Automóvel para mim é, sei lá, como retornar para a casa. Sabe aquela sensação que você tem quando ficou muito tempo viajando e quando volta, você sabe que realmente pertence aquele lugar, tive essa sensação. Não só lá, mas quando fui assistir à Fórmula 1 pela primeira vez, também senti como se fizesse aquilo a vida toda, como se eu pertencesse àquele lugar. Isso é engraçado, são coisas que faço esporadicamente, MUITO esporadicamente. Salão é a cada dois anos, só fui duas vezes com essa e Fórmula 1 é todo ano, mas só fui uma vez.

Esse Maserati é a coisa mais linda do mundo
Mas vamos falar de sexta-feira. Saímos relativamente cedo, apesar de que para mim já era bem tarde – acabei virando a noite, não conseguia dormir –, por volta de umas oito horas da manhã, nós pegamos estrada e a turma foi se conhecendo. Dos quatro que estavam no carro, conhecia apenas o João Paulo, os outros dois companheiros eram o Beto e o Tiago (não sei se é com “H” ou sem), dois caras gente boa. O Beto gosta de fazer trilhas, inclusive convidou a gente para ir qualquer dia, também falou da gente ir para a Serra da Canastra, vai ser show de bola se der certo, daria uma história e tanto para o blog.

Smabódromo na hora da ir embora
Chegando lá, paramos dentro do Sambódromo, bem legal, mas sempre imaginei que fosse um pouco mais largo, na TV parece maior. Lá dentro andamos muito. Obviamente ficamos um pouco com sede, decidimos tomar uma Chopp, ai vem o lado negro desses lugares; R$ 6, e sem direito a dizer como gosto do “colarinho”, o cara já foi logo dizendo: “é padrão senhor”. Bom, não achei ruim, imagina se todos dissessem a ele como quer a sua bebida, o cara estaria perdido. Mas o cara não colocou os dois dedos de espuma como gosto, colocou uns seis, e detalhe, o copo tinha uns oito dedos de tamanho só.

Vocês não imaginam como é confortavel esse carro, o banco praticamente te abraça
Tudo bem, não tinha ido lá para beber mesmo, fui lá para ver carros. Acho que perto daquelas maquinhas, o que o pessoal da organização menos quer, são alguns cachaceiros dando trabalho e querendo sair pelo Anhembi fazendo test-driver. Estavam ótimas as besteiras que eu ouvia e via por lá. Conversava com o João sobre isso, fico imaginando o que as meninas ouviam o tempo todo. Gente, não é porque ela está perto ou dentro do carro, que ela sabe alguma coisa, ela não tem obrigação de saber, ela é só o rostinho bonitinho que ajuda a vender mais e fazer daquele ambiente totalmente masculinizado um pouco mais ameno.

Carro de Fórmula Indy da piloto Bia Figueiredo
E sinceramente, elas conseguiam. Teve um cara, que só para tentar puxar papo, perguntou para a garota se o carro da Mercedes, que ela estava do lado, iria participar do campeonato de GT3. Putz, o pior é que ela disse com uma firmeza, “Só o ano que vem”. Eu tive que sair de lá rindo, ela já devia ter ouvido tanta besteira, que decidiu entrar na dança e responder qualquer coisa mesmo.

Ferrari 599 GTO
Mulheres, ah essas mulheres. Chegava a dar raiva. Eu fui lá para ver carros, porque é tão difícil acreditar nisso meninas, hehe. Mas tinha hora que eu irritava mesmo, é tão difícil tirar a foto e sair fora para dar espaço para os outros que estavam atrás. Os caras eram uns tarados, maníacos, pervertidos, que deviam achar que se ficassem ali uns cinco minutos alguma garota iria pular no colo deles e dar o telefone. Fala sério. Elas sabem que naquele momento eram deusas diante dos homens babões que estavam do lado de fora da cerca. O único jeito de conseguir alguma coisa com uma daquelas meninas era ser proprietário de uma Ferrari, Porsche ou Lamborghini. [Não vamos nos enganar, quem gosta de homem é viado, mulher gosta de dinheiro, lógico que não estou generalizando, tudo bem meninas].

Esse ano, poucas montadoras estão representadas na Fórmula 1, então, não esperava ver muitos carros da categoria. Das três fabricantes; Ferrari, Mercedes e Renault, apenas a francesa levou um bólido para o Salão. E só para constar, era a coisa mais linda do mundo. É, eu sei, sempre falo isso de um F1. Mas era lindo mesmo.

O momento auge do dia, o mais emocionante, foi quando vimos a Lotus amarela que o Ayrton pilotou. Não acreditava que estava diante dela, que era ela que estava ali na minha frente. Era uma coisa que não dá para explicar. Foi como voltar ao passado, senti como se ela fosse uma velha conhecida. Estar ali, diante dela, foi como se tempo e espaço não existisse, como se o dono daquele carro fosse chegar ali, era só esperar. A emoção ficou exposta na pele que arrepiava, nas lágrimas que ameaçavam escorrer, no choro contido. Eu não queria sair dali nunca mais, não tinha vontade de ir embora. Por mim, não sairia do lado dela até o dono ir buscá-la, mas ele não viria, e a realidade que tomou de volta minha mente, que vagava por anos como um filme que rodava no meu mundo, um mundo que se criou naquele momento, e que naquele momento, me obrigou a ver que ele não viria.



Depois fomos fazer um lanchinho rápido, bem rápido porque o salgado era muito pequeno e preço muito alto. Não podia faltar uma fotinha na frente do painel do Salão do Automóvel, em comemoração aos 50 anos da feira. E só nos restava ir embora. Cansado, com sono e uma leve dor nos braços, causada por carregar a câmera, não ligaria de ficar lá mais algumas horas, mas tenho que respeitar os limites do pessoal. Tínhamos que tentar evitar um transito ruim e uma chuva forte. Do transito a gente se livrou, mas da chuva, meus amigos, que chuva.

Acho que é isso. Agora vou colocar mais algumas fotos. Quem quiser ver as fotos em tamanho maior é só clicar em cima delas. Um grande abraço a todos os meus leitores inexistentes.


Adoro esse carro. Ainda vou ter um.
Porsche não é um carro só para quem tem dinheiro, mas pra quem tem estilo.
A cobra mais rápida do mundo
Gosto muito de carros conceito
Imagina usar esses botões a 300Km/h, e aqui em Mococa dá o que fazer pra alguém usar a seta
Ferrari... simplismente

Também vou colocar uma seleção de beldades....







 





 

2 comentários:

  1. Eu posso falar com propriedade, pois sou um dos leitores inexistentes mais assíduo deste blog. Digo isso porque essa matéria é a melhor desse blog e a melhor já feita pelo ser humano Carlos Gustavo Suano Lopes.

    Pedro Henrique Corinthians de Souza.

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  2. Hehehe...valeu Pedrinho...!!!
    Vc é o meu leitor inexistente favorito...hehe
    Valeu pela presença irmão...
    Espero que a matéria esteja mesmo boa...eu gostei muito...!!!
    Principalmente de ir lá faze-la...hehe
    Abraços

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