Lágrimas escorriam. Os mais fortes, engoliam o choro. Afinal,
é um povo que está acostumado a sofrer, essa cena, é mais normal do que se
imagina. Só que ontem foi diferente, esse choro veio acompanhado de um sorriso
que não cabia no rosto.
Para o povo sofrido de Osmar Santos, a alegria da conquista
só não foi maior do que o orgulho por nunca ter abandonado, nem por um minuto,
nem por puro ódio, raiva, desgosto. Coisas que são irrelevantes para essa gente
humilde.
O que importa pra eles é carregar no peito o brasão
estampado no manto sagrado. Manto esse que ontem, enxugou finalmente, lágrimas
de alegria de uma disputa que parecia impossível de se ganhar, um dia.
A história é longa, não caberia em tão poucas linhas a que
me sujeito escrever. Mas o final dela, não poderia ser melhor.
Sempre digo que para acontecer uma revolução é preciso que se ocorra
um evento muito grande: como uma fênix, que se põe em chamas para depois retornar
das cinzas, mais bela, forte e experiente. Com os gaviões também foi assim, com
a queda, veio a ascensão.
A única coisa sensata que me resta fazer é me levantar e
aplaudir, não apenas os bravos guerreiros que nos deram mais essa taça, mas sim
a toda essa monocromática nação, que coloriu a América de preto e branco.
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