Caro Chefe,
Eu tenho um sonho. Onde todas as pessoas são iguais... não, isso é Martin Luther King.
Eu tenho outro sonho. E esse sonho me foi passado como herança há muito tempo. Esse sonho já dura muitos anos.
Na próxima semana, esse sonho pode se realizar e, a única coisa que gostaria, era estar presente quando isso acontecer.
Não é todo dia que se realiza um sonho, ainda mais um sonho banhado a suor, terra, barro, sangue.
Não é sempre que podemos honrar nossos nobres antecedentes com uma gloriosa festa, colorindo, uma das maiores cidades do mundo, de preto e branco.
Nosso sonho nasceu de mãos calejadas, roupas puídas, sujeira do orgulho de ser trabalhador, operário.
Sempre chegamos lá. Com a força do nosso povo que empurra pra cima esses onze operários de “meiões” e chuteiras.
E do mesmo modo nós vamos realizar mais esse sonho, o sonho da vez, porque antes desse, já existiram outros e, assim como os outros, esse um dia vai se realizar, seja semana que vem, daqui um ou dez anos.
Jamais abandonaremos esse sonho. Porque o que nos move, não é o sonho em si, e sim sonhar. O processo é a realização que é a nossa verdadeira paixão.
Conquistas são detalhes. O que é bom mesmo é sofrer, gritar, chorar, berrar, torcer. É o processo que conta.
Dizem que o melhor da festa é esperar por ela. Pode ser. Mas na festa da próxima quarta, que São Jorge nos ajude e Deus queria, eu vou estar lá, com mais 30 milhões de monocromáticos amigos.
Att
Seu Funcionário
quinta-feira, 28 de junho de 2012
domingo, 24 de junho de 2012
Lágrimas de São Jorge - por Anderson Ferreira

Lágrimas de São Jorge
por Anderson Ferreira

Sou assumidamente torcedor do Corinthians, embora isso nunca
tenha me impedido de reconhecer que o Santos tinha melhor elenco nessa decisão.
Minha paixão clubística nunca me fez esconder que o São Paulo 92/93 foi o maior
time que vi jogar, tampouco que sempre tive medo de enfrentar o Palmeiras em
decisões, principalmente pelas eliminações nas Libertadores de 99 e 2000.
Desse modo, na última quarta, o Corinthians conseguiu
exorcizar o primeiro demônio. Após o gol santista, digo com convicção, não
existia no Pacaembu um torcedor, fosse peixeiro ou do bando de loucos, que não imaginasse
outra eliminação do time da capital. A ida à final representa ao corintiano
mais que a disputa do título que ele mais cobiça, representa a vitória sobre um
sentimento que o acompanhava desde a defesa de Marcos no pênalti do Marcelinho.
E o destino reservou ao Corinthians, na sua primeira final,
o pior dos adversários possíveis. Enfrentar o Boca Juniors nunca é bom negócio.
Riquelme, o maestro portenho, é desses craques tão geniais que pode vencer
sozinho a decisão. Ele já o fez contra o Palmeiras em 2000 e contra o Grêmio,
em 2007. O melhor do time paulista é o seu conjunto. O esquema armado por Tite
é de uma sincronia louvável, ao ponto de o time tomar o gol na quarta quando
Ralf ficou impossibilitado de combater, ou seja, quando uma das peças não
funcionou, a engrenagem falhou.

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