
Sempre gostei de fazer coisas
diferentes e sempre procurei aprender coisas novas. Quando envolve esporte,
gosto mais ainda. Quando fiquei sabendo que alguns caras treinavam rúgbi aqui
em Poços de Caldas, na hora pensei: porra meu, adoro esportes diferentes, vou
ver qual desse negócio. Há algum tempo acompanho e adoro futebol americano, até
cheguei a comprar uma bola para praticar, mas no último natal a gente estava em
uma chácara jogando, esquecemos de guardar a bola e o cachorro comeu ela.
Fui no tal treino. Os caras
começaram a chegar e aos pouco foram me dando dicas, falando regras,
posicionamento etc. Sempre mantendo em minha cabeça o quando esse esporte é
intenso e forte. Mas o rúgbi não é só isso. Para mim, um esporte extremamente democrático,
em um mesmo time jogam jogadores enormes, fortes e pesados e outro pequenos,
leves e rápidos. É um esporte para todos.

O jogo prosseguiu
normalmente, fui me adaptando e no final já tinha me encantado com o esporte. Infelizmente
fui apenas uma vez até o dia que escrevi esse texto, mas não foi por causa do
tackle de batismo, tive alguns compromissos, mas com certeza vou voltar a
treinar com os caras, se eles me permitirem, lógico.
No site do time de rúgbi de
Poços de Caldas (www.pocos.rugby.esp.br)
vocês podem encontrar os dias e horários de treino e a agenda de jogos. No Facebook
do Donatello, um dos jogadores mais antigos do time, encontrei um texto muito
legal que vale a pena ler.
* Termo em inglês para a
trombada que dois jogares dão um no outro, acho que dá pra entender, não é?
Filosofia do Rúgbi, filosofia
da Vida

No entanto, você só começa a
se dar conta dessas perdas quando elas afetam você. É quando você percebe que a
vida é apenas um jogo... um jogo de ‘polegadas’.
Assim como o rúgbi, porque em
ambos os jogos: na vida ou no rúgbi, a margem para erro é tão, tão pequena... Digo,
um meio passo tarde demais, ou cedo demais e você QUASE faz. Um meio segundo
lento demais, ou rápido demais, e você QUASE pega.
As polegadas de que nós
precisamos estão em toda parte em torno de nós. Lá, em cada parte do jogo. Cada
minuto, cada segundo.
Neste jogo nós lutamos por
essa polegada. Neste jogo nós rasgamos a nós e a todos em torno de nós aos
pedaços por essa polegada. Nós nos agarramos com nossas unhas por essa
polegada.
Porque nós sabemos que quando
juntarmos todas essas polegadas elas vão fazer a diferença entre ganhar e
perder, entre viver e morrer.
E eu te digo isso: em toda a
luta, é o homem que está disposto a morrer que vai ganhar essa polegada! E eu
sei, se eu vou viver mais um dia, é porque eu quero ainda lutar e morrer por
essa polegada! Porque isso é o que viver é. Lutar por estas seis polegadas na
frente da sua cara.
Você tem que olhar para o
companheiro ao seu lado, olhar em seus olhos. Agora eu imagino que você vai ver
um homem que vai atrás dessa polegada com você. Você vai ver um homem que se
sacrificaria pelo seu time, porque sabe que, quando chegar a hora, você vai
fazer o mesmo por ele.
Esta é a definição de
equipe... assim, ou nós jogamos como uma equipe ou morremos como indivíduos.